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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

É possível ter o trabalho como fonte de realização e felicidade?

Passamos 75% do tempo de nossas vidas envolvidos com nosso trabalho. Então devemos fazer ele ser algo importante, significativo, especial, que nos faz realmente felizes e realizados! Por Telma Esmerio

Desde os primórdios da civilização que o trabalho possui uma conotação totalmente equivocada muitas vezes, sendo visto como algo negativo em nossas vidas, quando, na verdade, é algo importante que agrega qualidade e bem estar para aqueles que o percebem desta forma.

Sendo assim, o trabalho e a vida evoluíram muito:


A expectativa de vida dos homens das cavernas era de 10 anos.
Na Grécia Antiga era de 22 anos.

Nos anos 40 era de 39 anos.
E atualmente? Mais de 68 anos!

Portanto, hoje vivemos mais, e conseqüentemente, trabalharemos por mais tempo também. Mais um motivo para vislumbrarmos o trabalho de uma forma diferente, com olhos mais interessados e atitudes pertinentes a esta realidade que vivemos hoje.

Nós passamos nada mais nada menos que 75% do tempo de nossas vidas envolvidos direta ou indiretamente com o trabalho. Como?

- Aprontando-se para ir trabalhar;

- Deslocando-se para o trabalho;

- Trabalhando;

- Tentando relaxar depois do trabalho.

Então, por que não fazer de nosso trabalho algo importante, significativo, especial, que nos faz realmente felizes e realizados? Se ele ocupa grande parte de nossas vidas como de fato ocupa, então precisa ser algo positivo, que nos fortaleça como seres humanos e que nos torne melhores, mais maduros, mais conscientes do mundo que nos cerca e mais preparados para enfrentarmos situações adversas.

Este gostar do trabalho deve começar em casa, quando os pais educam seus filhos, fazendo com que estes saibam que o trabalho é algo bom em nossas vidas, e não uma “tortura” como era visto nos primórdios da civilização. E a criança assimila muitas coisas, principalmente até os 7 anos de idade, quando forma seu psiquismo. Assim, quando disser para seu filho ou filha que está indo trabalhar, faça com que ele perceba que este é um momento importante e feliz para você, pois quando ele ou ela crescerem entenderão e perceberão o trabalho de uma forma diferente e bem melhor.

O que particularmente me chama bastante a atenção é que entrevisto muitas vezes jovens de 20, 25 anos literalmente “cansados” da vida e do trabalho, e fico pensando: o que será de você quando tiver 40, 50 anos? Certamente será uma pessoa frustrada, que contará os dias para se aposentar e não precisar mais “sofrer” deste mal. Que coisa!

As novas gerações que estão aí, inclusive a famosa geração Y tão falada ultimamente, é muito imediatista e em certos momentos até superficial. Inicia em uma empresa e no outro mês quer ser o gerente do negócio! Não tem muita paciência para seguir alguns critérios peculiares das empresas. E acaba se desmotivando se as coisas não caminham exatamente como imaginam. Saliento ser muito importante a “ambição sadia” e a vontade de crescer, mas tudo tem seu tempo de amadurecimento para acontecer na carreira profissional.

Claro que nossas empresas precisarão se adaptar a esta realidade desta nova geração revendo algumas metodologias de contratação e perfil de funcionários, mas os jovens também precisarão repensar seu comprometimento, suas atitudes, suas escolhas e o seu tempo.

Quando escolhemos amar o trabalho que fazemos, somos capazes de dominar nosso nível de satisfação, de sentido e de realização pessoal a cada dia. E sempre existe uma opção sobre a forma como fazemos nosso trabalho, mesmo que não exista uma escolha sobre o trabalho em si. Ou seja, sempre é possível executarmos melhor nossas tarefas e trabalharmos com mais prazer.

E nunca se esqueça: o trabalho não só enobrece, mas nos possibilita uma vida melhor, mais digna e mais completa.

Telma Esmerio integra o Grupo de RH da ACI Montenegro/Pareci Novo. É diretora da Acerte Assessoria Empresarial e da Certa desenvolvimento Humano. Formada em Administração de empresas é Pós-graduada em Administração e Estratégia Empresarial, Pós-graduada em Pedagogia Organizacional e autora do livro "Administrando com Magia".

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